As recentes safras frustradas de soja e milho na região do Vale do Paranapanema têm causado impactos significativos no comércio e nas empresas de todo o Vale do Paranapanema. Devido à escassez de chuva e outros fatores climáticos adversos, a produção sofreu uma redução estimada entre 40% e 45%. Essa queda não só diminuiu a quantidade de grãos colhidos, mas também pressionou os preços para baixo, criando um cenário econômico desafiador para a região.
A redução na produção e os preços baixos têm repercussões diretas na economia local. Com menos dinheiro circulando, o poder de compra diminui, afetando o comércio e toda a cadeia produtiva. Segundo o presidente da Cooperativa Agropecuária de Pedrinhas Paulista, Franco Di Nallo, já se pode observar uma queda no consumo de bens como maquinário agrícola, veículos e outros produtos.
“Empresas que antes tinham uma rotatividade regular na venda de veículos novos agora enfrentam dificuldades para concretizar negócios. Além disso, a falta de dinheiro começa a impactar o emprego, criando um ciclo em que a redução das vendas resulta em cortes de colaboradores”, complementa ele.
E é diante deste cenário que o papel da Cooperativa Agropecuária de Pedrinhas se torna ainda mais crucial, oferecendo suporte, especialmente, para os pequenos e médios produtores, que enfrentam dificuldades para acessar crédito e planejar suas atividades futuras. “A cooperação é vital para manter a estabilidade e o suporte financeiro necessários para atravessar esses períodos de crise. a cooperativa trabalha para garantir que todos os agricultores recebam algum nível de apoio”, explica ele.
A situação é particularmente crítica em Florínea, um dos municípios mais afetados pelas frustrações das safras de soja e, agora, do milho. A região do Vale, como um todo, vem sofrendo não apenas com as perdas nas colheitas, mas também com o impacto econômico nas empresas.
Até o momento, segundo Di Nallo, foram recebidas cerca de 1.350.000 sacas de milho nos silos da CAP, um número bem abaixo do que vinha sendo registrado em colheitas anteriores da Segunda Safra.
“Esses desafios destacam a importância de políticas de apoio e investimento em infraestrutura e tecnologia agrícola, para que a região possa se recuperar e estar melhor preparada para enfrentar futuras adversidades. Enquanto isso, a união e a cooperação permanecem como pilares fundamentais para enfrentar esses desafios. E a CAP está aqui, sendo sempre o porto seguro de nossos associados”, encerra Di Nallo.