Nas eleições municipais de 6 de outubro em Assis, Angela Canassa, candidata a vereadora pelo PSDB, obteve 1.004 votos, representando 2,12% dos votos válidos e sendo a quinta mais votada da cidade. Apesar da expressiva votação, ela não conseguiu se eleger devido ao sistema de quociente eleitoral, que determina a distribuição das cadeiras na Câmara Municipal de Assis,que não elegeu uma mulher sequer nas eleições de domingo.
O quociente eleitoral é um mecanismo utilizado nas eleições proporcionais, como as de vereadores, para calcular quantas cadeiras cada partido ou coligação terá no Legislativo. Ele é obtido dividindo-se o número total de votos válidos pelo número de vagas disponíveis. Assim, os partidos que atingem ou superam o quociente eleitoral garantem cadeiras, que são preenchidas pelos candidatos mais votados dentro daquela legenda ou coligação.
No caso de Assis, havia 15 cadeiras em disputa. Para que um partido conquistasse uma dessas vagas, era necessário alcançar um número mínimo de votos equivalentes ao quociente eleitoral. Mesmo com seus 1.004 votos, Angela Canassa ficou fora da Câmara porque seu partido não obteve votos suficientes para atingir o quociente necessário para eleger mais candidatos.
Esse sistema faz com que a eleição não dependa apenas da votação individual dos candidatos, mas também do desempenho do partido como um todo. Dessa forma, o quociente eleitoral pode levar à situação em que candidatos bem votados, como Angela, não consigam se eleger caso o partido ou coligação não atinja o número de votos necessários para garantir uma cadeira no Legislativo.