Assis faz parte da rede de atendimento para animais silvestres afetados por incêndios florestais

REGIÃO

 

Uma rede de atendimento e reabilitação foi estruturada pelo departamento de fauna silvestre do Governo de São Paulo para receber animais vitimados pelos incêndios florestais que estão ocorrendo principalmente no interior paulista. São 26 unidades integradas em diversos municípios, entre eles Assis, que estão em alerta para atender animais resgatados das queimadas e outros que, ao tentar fugir do fogo, acabam muitas vezes sendo atropelados nas rodovias.
A medida faz parte de um conjunto de ações do gabinete de crise anunciado pelo governo para combater os incêndios que atingiram o interior do estado nos últimos 10 dias. Em apenas quatro cidades, 47 animais foram atendidos, dos quais 31 estão se recuperando e 16 morreram.
A unidade de Assis funciona na Associação Protetora de Animais Silvestres (Apass), localizada na estrada da Cabiúna, no prolongamento da rua Sebastião Leite do Canto. Na última semana, o espaço recebeu 21 animais de várias espécies: 15 filhotes de periquito-rei que foram abandonados em ninho; dois gaviões carcarás e um carijó, com intoxicação por fumaça, um gato do mato, com queimaduras e fratura, e dois filhotes de cachorro do mato, um deles com queimaduras também.
Para Isabella Saraiva, diretora do Departamento da Fauna Silvestre, que faz parte da Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil), a articulação dessa rede de atendimento foi imprescindível para garantir que Vitória e outros animais sejam atendidos por equipes multidisciplinares e especializadas em animais selvagens. “Fizemos contato com todos os centros autorizados de triagem e reabilitação localizados em vários municípios paulistas, e todos se prontificaram a colaborar gratuitamente. Veterinários, zootecnistas, biólogos, nutricionistas e outros especialistas abraçaram a causa e estão em estado de alerta para receber os resgatados”, ressaltou.
A Semil é gestora do Centro de Triagem e Reabilitação de Animais Silvestres (Cetras) no Parque Ecológico Tietê, em São Paulo. As demais unidades envolvidas na ação são geridas pelos municípios onde estão localizadas, mas só podem funcionar se tiverem autorização do Estado para receber, identificar, acolher, cuidar e reabilitar animais silvestres provenientes de ações de fiscalização, resgate, como casos de incêndios, e entregas espontâneas realizadas pela população, com objetivo principal de devolver esses animais recuperados ao ambiente natural.
Além desses centros, entidades do terceiro setor e clínicas particulares que possuem médicos veterinários e biólogos habilitados em animais silvestres também foram alertadas sobre possíveis emergências, e a maioria se dispôs a atendê-los gratuitamente.
Isabella faz um alerta também à população, caso encontre algum animal ferido ou debilitado: “A orientação é para não mexer no animal e imediatamente entrar em contato com a Polícia Militar Ambiental (190), Corpo de Bombeiros (193) ou Guarda Municipal para realizarem o resgate”.
Caso alguma clínica veterinária não especializada em espécies selvagens receba algum animal, a instrução é que realize o encaminhamento para alguma das unidades autorizadas do Cetras no estado.
Lista atualizada de CETRAS e CRAS em funcionamento no Estado podem ser verificados aqui: https://semil.sp.gov.br/sma/gestao-fauna/.

(Fonte: Governo de SP)

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